sábado, 1 de novembro de 2014

As 10 maiores descobertas da arqueologia



Entre os achados na área da arqueologia anunciados todos os anos, quais seriam os que revolucionaram a ciência? Aqueles que descobriram como era o nosso passado, desvendaram a evolução da espécie ou colocaram mais dúvidas no quebra-cabeça sobre a civilização humana na Terra. Uma missão entre tantos objetos intactos, cidades inteiras e seres escavados. Mas não impossível. Com a ajuda do arqueólogo Pedro Paulo Abreu Funari, atual professor do Departamento de História da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e membro de instituições internacionais do mundo inteiro, selecionamos as dez maiores descobertas da arqueologia de todos os tempos - ou até hoje.

De acordo com Funari, a importância de uma descoberta é maior quanto mais excepcional ela é - rara, peças encontradas em série ou em ótimo estado de conservação. A questão é: como os arqueólogos explicam a funcionalidade de objetos? Ou como aferem significado a produções como as pinturas rupestres - desenhos feitos pelos homens há milhares de anos? "Quando não existe nada escrito por aquele povo explicando o significado, são elaboradas hipóteses", explica o professor. "Algumas parecem mais seguras. As pinturas rupestres de pessoas dançando em torno de um toten foram interpretadas de acordo com o comportamento de certas tribos indígenas atuais. Pode ser uma prática social semelhante relacionada a divindades", conta. Nesse caso, os cientistas procuram, em povos que possuem costumes mais antigos, situações parecidas para explicar os achados.

Apesar de tudo o que foi escavado até hoje ou que se perdeu por inúmeros motivos, ainda há muito o que ser descoberto. "A quantidade de coisas que estão enterradas em qualquer lugar do mundo é muito grande. Na Europa, os romanos construíram diversos edifícios imensos. Em São Paulo, qualquer buraco que o Metrô faz para realizar novas estações encontra objetos", conta Funari. Atualmente, a tecnologia ajuda a descobrir se há preciosidades enterradas no solo e, depois, datar com mais precisão ou estudar o interior do ser ou objeto com menos invasão. "Conseguimos até verificar vestígios de comida em vasos antigos de cerâmica ou o que a pessoa comeu por meio dos restos mortais", afirma o pesquisador.


Veja as dez maiores descobertas da arqueologia:

10 - Busto de Nefertiti




Geralmente, os egípcios eram representados com a mesma fisionomia. Diferente desse costume, a imagem da bonita mulher do rei Akhenaton, predecessor do monoteísmo dos judeus, não foi idealizada. Ao que tudo indica, é uma cópia da feição da rainha.

09 - Jericó




Alguns estudiosos afirmam que é a cidade mais antiga do mundo, habitada desde 7 mil a.C e citada na Bíblia. De acordo com a publicação, as muralhas que circundavam Jericó, encontradas por pesquisadores, teriam sido destruídas pelo toque de trombetas.

08 - Lucy





O fóssil de um hominídeo feminino, apelidado de Lucy, foi o primeiro esqueleto mais completo de um antigo ancestral direto do homem de hoje encontrado. Estima-se que ela viveu há 3,2 milhões de anos e andava em pé. Sua descoberta ajuda a desvendar aevolução da espécie humana.


07 - Luzia




O crânio de 11.500 anos de uma mulher (Homo sapiens), desenterrado em Minas Gerais, revolucionou as teorias sobre a ocupação do continente americano. Sugeriu que os humanos com traços negróides migraram para a América três milênios antes dos antecessores dos índios.


06 - Palenque




Quando os espanhóis chegaram à América, os maias já haviam abandonado suas cidades. Na Península de Yucatán (México), em meio a uma floresta tropical, Palenque é uma das zonas arqueológicas mais importantes de vestígios maias. Foi descoberta no século 19.


05 - Parque Nacional Serra da Capivara





O homem já vivia na região do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, há 100 mil anos - foram cadastrados 1.301 sítios arqueológicos e 292 vestígios como aldeias. No local, duas figuras rupestres possuem 36 mil anos. "A descoberta derrubou a teoria de que a América do Norte teria sido povoada inicialmente e somente por volta de 15 mil anos atrás os homens teriam chegado à América do Sul", explica a arqueóloga Niéde Guidon, diretora presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham).


04 - Pedra Roseta





A Pedra Roseta não foi encontrada por arqueólogos, mas por uma expedição de Napoleão Bonaparte ao Egito no final de 1799. Um decreto escrito em hieróglifos, demótico e grego foi gravado na pedra em 196 a.C. Assim, conseguiu-se traduzir os hieróglifos.


03 - Pompeia





Dia 24 de agosto de 79, Plínio, com cerca de 20 anos, descreveu a erupção do vulcão Vesúvio da cidade de Miseno, há 30 km de Pompeia (Itália). No século 18 a história tida como lenda revelou-se verdadeira. Uma cidade inteira - construções, objetos pessoais, pinturas - de 10 mil habitantes manteve-se praticamente intacta abaixo de 40 metros do solo.


02 - Roma





A também italiana Roma, fundada no século 8 a.C, é o berço do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). "No subsolo da cidade existe muita coisa, a cada metro de profundidade volta-se no tempo. Oito metros abaixo do nível atual do solo estão objetos e ruínas de dois mil anos atrás", conta Funari.


01 - Tumba de Tutankamon





O faraó egípcio Tutankamon faleceu jovem, por isso reinou por pouco tempo. Mas a sua tumba é considerada uma preciosidade, foi a única de um faraó encontrada, no século 20, completamente preservada por 3 mil anos. A maioria foi saqueada na antiguidade. Junto com o corpo estava o sarcófago, o enxoval - objetos enterrados junto com os reis - e pinturas nas paredes, entre outros bens, inclusive um feto.




Fonte: Yahoo

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Cronologia 1° Guerra Mundial



Neste ano de 2014 completa 100 anos o começo a 1° Guerra Mundial, um dos maiores conflitos envolvendo as grandes nações da Europa, a expansão do imperialismo e as grandes tensões, eclodiram a guerra em 1914, no fim dos confrontos, cerca de dez milhões de pessoas morreram - incluindo cerca de quatro milhões de civis -, 20 milhões de combatentes ficaram feridos e quatro impérios desmoronaram (Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano). Confira a cronologia:

1914

- 28 de junho: o estudante nacionalista sérvio Gavrilo Princip mata, em Sarajevo (Bósnia-Herzegovina), o arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro do trono do Império austro-húngaro.

- 28 de julho: Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia.

- 30 de julho: mobilização geral na Rússia, aliada da Sérvia.

- 31 de julho: assassinato do líder socialista e pacifista francês Jean Jaures.

- 1º de agosto: a Alemanha declara guerra à Rússia. França e Alemanha decretam mobilização geral.

- 3 de agosto: a Alemanha declara guerra à França.

- 4 de agosto: as tropas alemãs cruzam a Bélgica, um país neutro, e entram na França. OReino Unido declara guerra à Alemanha.

- 19 a 24 de agosto: "Batalha de Fronteiras", no norte (fronteira franco-belga) e no leste (fronteira franco-alemã). As tropas francesas recuam 200 quilômetros.

- 23 de agosto: o Japão declara guerra à Alemanha.

- 26 a 30 de agosto: Batalha de Tannenberg. O general alemão Hindenburg freia o avanço das forças russas na frente da Prússia Oriental.

- 6 a 9 de setembro: primeira batalha do Marne (leste de Paris). Uma contraofensiva franco-britânica contém o avanço dos alemães, a menos de 40 quilômetros de Paris e os faz recuar para o norte. Cerca de um milhão de soldados franceses e britânicos enfrentam 800 mil alemães.

- setembro-novembro: na frente ocidental, franceses e britânicos, de um lado, e alemães, de outro, fazem manobras na tentativa de cercar seus inimigos. Os combates se aproximam do Mar do Norte, aonde chegam em 17 de novembro. A frente, que se estende até a fronteira suíça, não mudará muito até a primavera (hemisfério norte) de 1918. A guerra se enterra nas trincheiras, ao contrário do que acontece na frente oriental, onde a guerra de movimentos prossegue durante todo o conflito.

- 1º de novembro: o Império Otomano, que havia bloqueado o acesso aos estreitos, isolando a Rússia, entra na guerra do lado dos impérios centrais (alemão e austro-húngaro).

1915

- 18 de março-dezembro: derrota aliada na Batalha de Dardanelos, na tentativa de abrir os estreitos para atacar o coração do Império Otomano. Em 25 de abril, tropas inglesas, neozelandesas, australianas e francesas tentam desembarcar na península de Galípoli, mas são bloqueadas pelas tropas turcas. O resultado: 180 mil aliados e 66 mil turcos mortos. As últimas tropas aliadas batem em retirada no dia 9 de janeiro de 1916. A frente sul ficará bloqueada até o outono (Hemisfério Norte) de 1917.

- janeiro-agosto: 250 mil membros (do total de 400 mil) da comunidade assírio-caldeia estabelecida no oeste do rio Eufrates e no sul da Turquia são massacrados.

- 22 de abril: os alemães lançam o primeiro ataque com gases tóxicos contra os soldados franceses e canadenses na frente oeste, entre Langemarck e Ypres (Bélgica).

- 24 de abril: começam os massacres de armênios na Turquia. A Turquia rejeita o termo "genocídio", embora reconheça que houve massacres e que entre 250 mil e 500 mil armênios morreram em Anatólia entre 1915 e 1917, durante o Império Otomano. Os armênios afirmam que o número de mortos chegou a 1,5 milhão.

- 7 de maio: o navio britânico "Lusitânia" naufraga na costa da Islândia, torpedeado por um submarino alemão, deixando 1.198 desaparecidos.

- 23 de maio: a Itália entra na guerra junto com os Aliados.

- agosto: derrotas russas para os alemães (batalhas de Tarnov, Gorizia).

- 5 de outubro: desembarque de um corpo expedicionário aliado em Salônica, na Grécia. Bulgária entra em guerra do lado alemão.

1916

- 21 de fevereiro: começo da Batalha de Verdun (até 18 de dezembro): 500 mil mortos, franceses e alemães.

- 9 de março: Acordos Sykes-Picot: ingleses e franceses dividem o Oriente Médio entre si.

- 16 de março: a Alemanha declara guerra a Portugal.

- 7 de junho: início da revolta árabe contra o Império Otomano, apoiada pelos britânicos.

- 1º de julho: começa a Batalha do Somme (norte da França), a mais letal do conflito, com 1,2 milhão de mortos. Dura até 18 de novembro.

- 21 de novembro: morre o último imperador austro-húngaro, Francisco José I.

1917

- 1º de fevereiro: a Alemanha lança uma guerra submarina implacável, que precipita ao rompimento das relações diplomáticas com este país por parte dos Estados Unidos.

- 8 a 15 de março: Revolução de Fevereiro na Rússia (segundo o calendário juliano). Cai a dinastia dos Romanov, e o czar Nicolau II abdica.

- 6 de abril: os Estados Unidos declaram guerra à Alemanha.

- 16 de abril a 9 de maio: fracasso da ofensiva francesa no Caminho das Damas (Chemin des Dames), na frente de Champagne (nordeste de Paris), que deixa milhares de mortos. Soldados franceses se amotinam. Ao longo do ano, também há manifestações em Exércitos de outros países.

- 14 de agosto: a China declara guerra à Alemanha.

- 2 de novembro: O secretário britânico de Assuntos Estrangeiros, Arthur Balfour, promete aos dirigentes sionistas um "lar nacional judeu" na Palestina.

- 5 a 6 de novembro: Revolução de Outubro na Rússia, que leva ao poder os comunistas bolcheviques liderados por Lênin.

- 9 de dezembro: os britânicos entram em Jerusalém.

- 15 de dezembro: Armistício de Brest-Litovsk entre a Rússia e os impérios centrais. Em 3 de março de 1918, um tratado de paz é assinado.

1918

- 8 de janeiro: Declaração dos Quatorze Pontos do presidente americano, Woodrow Wilson, sobre o direito dos povos à autodeterminação, que servirá de pano de fundo para os tratados firmados após a guerra. Será decisiva a intervenção militar americana a partir da primavera (hemisfério norte).

- 21 de março: a Alemanha lança a primeira de uma série de quatro grandes ofensivas na frente oeste, mas os Aliados resistem.

- 15 de julho: contraofensiva vitoriosa dos Aliados em Villers-Cotterets (85 quilômetros de Paris), com o apoio em massa de tropas americanas. É o início do recuo geral das forças alemãs. Os Aliados também avançam nos Bálcãs e na frente oriental.

- setembro-novembro: a gripe espanhola se espalha pelo mundo, deixando 20 milhões de mortos em oito meses.

- 30 de outubro: o Império Otomano assina um armistício.

- 3 de novembro: O Império austro-húngaro assina um armistício.

- 9 de novembro: abdica o Kaiser alemão, Guilherme II. Grandes manifestações em Berlim.

- 11 de novembro: vitória dos Aliados e armistício da Primeira Guerra Mundial.





Fonte: http://www.defesanet.com.br/

Resumão Mesopotâmia



A palavra Mesopotâmia tem origem grega e significa "terra entre rios". Essa região localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.



RELIGIÃO:

Politeísta (adoravam à vários deuses);
Deuses antropomórficos (mistura de animais com seres humanos). Não acreditavam na vida após morte e não se preocupavam com os mortos, mas acreditavam em demônios, gênios, espíritos bons, magias e adivinhações. A importância que atribuíam aos astros levou-os a criar o zodíaco e os primeiros horóscopos.

ECONOMIA:

Agricultura;
Criação de gado, o artesanato;
Mineração;
Comércio à base de trocas que se estendia à Ásia menor, ao Egito e à Índia

DIVISÃO EM CIDADES-ESTADO.

SOCIEDADE: dividida em “castas”.


POVOS QUE HABITARAM A MESOPOTÂMIA:


1) SUMÉRIOS: os primeiros a habitar o sul da Mesopotâmia e construir as primeiras cidades de que a humanidade tem conhecimento, como Ur, Uruk

Contribuições:
Escrita cuneiforme;
Veículos sobre rodas;
Irrigação;
Metalurgia do bronze.

2) ACÁDIOS: Em 2300 a.C., os acádios dominaram os sumérios graças ao uso do arco e flecha, mas trezentos anos depois foram dominados pelos amoritas (antigos babilônicos).


3) AMORITAS (ou BABILÔNIOS): edificaram o Primeiro Império Babilônico.

Principal rei: Hamurabi.

Contribuições:
Primeiros códigos de leis escritos da História - o Código de Hamurabi;
Astronomia.


4) ASSÍRIOS: passaram a se organizar como sociedade altamente militar e expansionista. Bastante violentos.


Principal rei: Assurbanipal.

Contribuições:
Armas de ferro;
Carros de combate;
Aríetes.


5) CALDEUS (ou NEOBABILÔNIOS): os caldeus foram os principais responsáveis pela derrota dos assírios e pela organização do novo império babilônico.

Principal rei: Nabucodonosor.

Contribuições:
Matemática.

INVENÇÕES E CONTRIBUIÇÃO DA MESOPOTÂMIA PARA A HUMANIDADE:

Escrita (escrita cuneiforme);
Astrologia (criação do zodíaco - horóscopo);
Arquitetura (templos: Zigurate);
Primeira lei escrita (Código de Hamurabi);
Matemática;
Mito da Criação e Epopéia de Gilgamesh (contribuição literária);
Metalurgia do bronze e do ferro;
Irrigação;
Arado;
Carro sobre rodas;
O ano de 12 meses e a semana de 7 dias;
A divisão do dia em 24 horas.


Um zigurate é uma forma de templo, criada pelos sumérios e comum para os babilônios e assírios, pertinente à época do antigo vale da Mesopotâmia e construído na forma de pirâmides terraplanadas.

sábado, 25 de outubro de 2014

Mapas Históricos: Aliados do professor

Publicado em Veneza no ano de 1556, este é um dos primeiros mapas a mostrar o Brasil individualmente.

Mapa Século 16

Para o historiador, os mapas históricos são ao mesmo tempo documentos de uma época, e, portanto, fontes históricas, e instrumentos indispensáveis para a compreensão de suas análises. Numa definição bem simples, e por isso relativamente consensual, do que é a disciplina História, poderíamos dizer que é o campo de estudo que, com métodos próprios, articula temporalidades, espaços e agentes sociais. Se concordarmos com essa definição, chega a ser redundante afirmar que o uso de mapas nas aulas de História é uma prática pedagógica obrigatória.

Entretanto, por vários motivos, essa prática tem andado muitas vezes ausente das salas de aula. Não se espante, portanto, se seus alunos não tiverem muita habilidade em lê-los, já que os mapas constituem uma linguagem específica, muito abstrata e que, assim como todas as outras, precisa ser bem ensinada para ser bem aprendida. Portanto, vamos começar pela definição: o que é um mapa?

É uma representação gráfica do espaço, constituída por três elementos básicos: escala, projeção e simbologia. Os mapas podem nos fornecer informações sobre quase tudo, desde a área física ou relevo até a quantidade de soldados ou naves de guerra de determinada região.

Para que o aluno consiga lê-los, ele deve dominar os três conceitos acima. Faça uma sondagem na turma, logo no início das aulas, e verifique o que você vai precisar desenvolver em relação à linguagem cartográfica.

Comece com o mapa político atual de seu estado ou do Brasil e peça aos alunos que o observem detalhadamente, ao mesmo tempo que vão fazendo inferências sobre o que leem: onde moram, litoral, sertão, limites, grandezas, etc.

Em seguida, discuta o processo de elaboração dos mapas – a tecnologia que está envolvida na sua produção. Hoje empregamos satélites, GPS, e chegamos ao detalhismo do Google Earth. Mostre mapas de outras épocas e comente as técnicas de sua elaboração e o papel político que desempenhavam, antes da disseminação da imprensa.

Peça que os observem novamente com atenção, que vejam todos os ornamentos laterais dos mapas antigos, suas proporções, a diferença entre as áreas detalhadas e os vazios. Lembre aos alunos que os vazios podiam ser propositais, poderiam esconder informações que não deveriam ser divulgadas.

Fonte: Nova Escola.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O Povo Sambaqui em Balneário Camboriú



“Em Balneário Camboriú, os primeiros habitantes foram os índios que moravam na praia de Laranjeiras. Este sítio arqueológico foi prospectado pelo Padre Dom João Alfredo Rohr. Pelas características da Praia de Laranjeiras, ela é protegida do vento sul. Na década de 1970, a Prefeitura solicitou uma verba para construir uma estrada que ligasse a Praia de Laranjeiras ao município. Porém, antes disso, já houve achado de esqueletos. Mas, como iam mexer nesse patrimônio todo, foi chamado o arqueólogo de fama nacional e internacional, o padre Dom João Alfredo Rohr. Ele fez a prospecção e constatou que toda a praia era um sítio arqueológico. Isso foi feito através do Carbono 14; onde se descobriu que a ocupação mais antiga era de 4.900 anos. Os achados estão em exposição no Museu.” (Entrevista com Gert Hering. Projeto Memória. Informativo MEMPI– Arquivo Histórico de Balneário Camboriú).

Esse trecho de uma entrevista, publicada no Informativo do Arquivo Histórico de Balneário Camboriú, despertou nossa curiosidade em relação aos primeiros habitantes da praia; e nos induziu à pesquisa. Partimos, então, em busca de históricas respostas.


A PRÉ-HISTÓRIA DO LITORAL CATARINENSE:

Desde a segunda metade do Século XX, a pesquisa arqueológica vem-se debruçando sobre o estudo sistemático da ocupação da costa brasileira, por povos pescadores e coletores; que se instalaram na faixa litorânea, por volta de 4.500 a.C. E o principal vestígio dessa ocupação é um tipo de sítio arqueológico denominado Sambaqui.

A palavra Sambaqui deriva do Tupi “tamba” (conchas) e “ki” (amontoado); e pode ser definido, etimologicamente, como“monte de conchas”.

Os Sambaquis representam um tipo de sítio arqueológico formado por inúmeros vestígios de ocupação humana, como a presença maciça de conchas, carapaças de moluscos, restos de peixes e outros animais; associados a instrumentos líticos, utensílios, adornos e esqueletos humanos; restos de fogueiras e estruturas habitacionais.

Um dos painéis explicativos do Museu do Sambaqui, em Joinville, traz o seguinte texto: “Os sambaquis são sítios arqueológicos que apresentam vestígios culturais em meio a camadas com alta densidade de conchas e moluscos, trazidos pelo homem. Distinguem-se na paisagem pela altura e forma; possuem dimensões variáveis; sendo que os sambaquis do Estado de Santa Catarina são os maiores do Brasil; atingindo até centenas de metros de comprimento e com altura máxima de 30 metros. São constituídos por restos de animais (principalmente moluscos, crustáceos, peixes, mamíferos, aves, répteis); esqueletos humanos; artefatos de pedra, osso, concha e dente; fogueiras e outros restos de atividades humanas. Concentram-se, predominantemente, nas regiões litorâneas lagunares, que favorecem o desenvolvimento de grandes bancos de moluscos – fonte de alimentação dos homens pré-históricos. No litoral de Santa Catarina, os Sambaquis ocorrem, aproximadamente, entre 3.000 a.C e 1.000 anos d.C”

A tese mais aceita sobre a formação dos Sambaquis entende que a sucessão de comunidades litorâneas foi responsável pelo acúmulo de conchas; ossos de peixes e outros restos de alimentos; próximos a vestígios de habitação e ossadas humanas. Com o passar do tempo, esses depósito alcançaram grandes alturas, que deram origem aos Sambaquis – verdadeiros arranha-céus pré-históricos.

A formação dessas comunidades revela a transformação dos hábitos alimentares do Homem Pré-Histórico das Américas. Com o passar do tempo, a caça e a coleta foram perdendo espaço para uma dieta marcada pelo consumo sistemático de peixes, crustáceos e outros frutos do mar. Examinando a estrutura interna e os terrenos próximos aos Sambaquis, percebe-se que essas comunidades desenvolveram, de forma bem acentuada, o artesanato, a escultura e a pedra polida. A escolha do local também revela uma característica importante de um assentamento de Sambaqui; evidenciando dois ambientes clássicos: a proximidade com o mar – nas cercanias de lagoas ou desembocaduras de rios; e a fontes potáveis de água doce.


A HISTÓRIA NAS ALTURAS – OS SAMBAQUIANOS:

O litoral brasileiro apresenta alguns “edifícios” construídos por sociedades pré-históricas que aqui viveram, há aproximadamente 8.000 anos. A dimensão dessas edificações compara-se a um prédio de 10 andares, equivalente a 30m de altura; com a grande diferença que, ao invés de aço, vidro e cimento, essas construções milenares se formaram a partir do acúmulo de milhares e milhares de conchas.

Por muito tempo, os Sambaquis foram considerados grandes lixões e depósitos de conchas. No entanto, a partir de inúmeros estudos realizados em torno dos “sambaquianos”, novos olhares foram lançados sobre essas sociedades, construtoras de verdadeiros “arranha-céus” pré-históricos.

Pesquisas recentes demonstram que os Sambaquianos viviam em uma sociedade relativamente sedentária. Ao contrário do que se possa pensar, eram organizados em relação à divisão de tarefas e lideranças de comando.

Pela significativa dimensão de um Sambaqui, não é difícil supor que um número significativo de pessoas participava desses grupos e habitavam o assentamento. Mais do que isso, a alimentação à base de peixes, mariscos e outros frutos do mar indicavam uma alimentação estável.

É importante lembrar que a construção desses grandes amontoados de conchas exigia trabalho coletivo; e, por isso, é muito provável que pessoas de status interagiam nesses grupos. Alguns sepultamentos encontrados em Sambaquis são mais elaborados que os demais; o que leva os pesquisadores a concluir que essas pessoas possuíam maior importância no grupo.

A verticalização dos Sambaquis – variando entre 2m e 30m – inquieta pesquisadores no que tange à simbologia: o fato de se destacar na paisagem, demarcando poder e mostrando superioridade sobre outros povos, colocariam os Sambaquis catarinenses como uma das primeiras expressões da chamada “arquitetura de dominação.” Dentre as muitas formas de “chegar às alturas”, os Sambaquis representam uma época na Pré-História do litoral brasileiro.

Abaixo das conchas milenares, é possível identificar inúmeras fontes que auxiliam, sobremaneira, a compreender a forma de vida dessas populações. Em meio aos inúmeros utensílios identificados, existem peças que necessitariam de 200 horas de trabalho para serem fabricadas; o que sugere a existência de artesão, nestes grupos.

O apogeu do “Povo das Conchas” parece ter sido entre 4.000 e 3.000 atrás; e uma série de fatores teria contribuído para o declínio dos Senhores do Litoral. A chegada dos povos agricultores do interior, economicamente mais fortalecidos, poderia tê-los absorvido ou eliminado; bem como uma miscigenação entre sambaquianos e índios – que por aqui chegaram há aproximadamente 2.500 anos – são algumas das hipóteses levantadas.

Decifrar o destino dessas comunidades ainda é um grande desafio. É muito provável que tenham sido disseminadas ou acabaram se misturando às culturas tupi-guaranis, que avançaram do norte e do sul do país, rumo ao litoral, no início da Era Cristã. E as incertezas se perpetuam, uma vez que a destruição dos sambaquis vem sendo, gradativamente, assinalada.

Desde o Século XVI, as camadas de conchas vêm sendo removidas, por conta de exploração dessas jazidas arqueológicas para a fabricação de cal. A devastação aumentou com a abertura de estradas e com o crescimento das cidades litorâneas, a partir da década de 60. Com isso, grande parte dos Sambaquis do litoral brasileiro encontra-se, praticamente, extinta; e os que sobrevivem, acusam péssimo estado de conservação.


O SAMBAQUI DAS “LARANJEIRAS”:


A constatação da presença humana no litoral catarinense pode ser considerada recente. Os vestígios humanos mais antigos catalogados remontam 5.000 anos de ocupação; sempre ligados, diretamente, à cultura dos Sambaquis.

Em Balneário Camboriú, a História não foi diferente. Na década de 70, um grande sítio arqueológico foi identificado na Praia de Laranjeiras. Sob o comando do Padre João Alfredo Rohr, as escavações do Sítio Arqueológico das Laranjeiras foram realizadas entre 1977 e 1979; resultando na descoberta de 165 sepultamentos, incluindo crianças.

Algumas dessas ossadas encontram-se expostas no Museu do Parque Ciro Gewaerd – antiga SANTUR. Dentre os objetos encontrados, destaca-se a presença de duas índias grávidas, cujos fetos são perfeitamente reconhecíveis, em seus ventres. Estudiosos nos dão conta de que são dois raros exemplares de apenas quatro existentes no mundo.






Fonte: http://bchistoriaememoria.blogspot.com.br/

Fotos: Arquivo Histórico de Balneário Camboriú.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Como ganhar uma Eleição?



No ano de 64 a.C., Marcus Tullius Cícero, advogado; orador; filósofo; escritor e político romano, concorreu ao posto de Cônsul romano, o cargo político mais importante da vida pública romana. Cícero não pertencia à uma família aristocrática como a maioria daqueles que dirigiam os destinos de Roma, mesmo assim, Cícero é normalmente visto como sendo uma das mentes mais versáteis da Roma antiga. Quintus Tullius, irmão mais novo de Cícero, e também general e político de Roma, produziu algumas recomendações para o seu irmão candidato, esperando assim auxiliá-lo na conquista do almejado cargo.

Marcus Tullius venceu a eleição, acredita-se que as recomendações de Quintus Tullius para a campanha de seu irmão podem realmente tê-lo beneficiado no intento da vitória. Mas existe algo inquestionável nestes eventos, a preocupação com a moral e a ética não faziam parte desta carta de conselhos, ou seja, o político tornaria-se um demagogo (no conceito atual: Quem se comporta de maneira interesseira e ambiciosa, visando a manipulação dos interesses populares, através do discurso. ). Mesmo sendo uma cartilha de instruções para um político de dois milênios atrás, as recomendações de Quintus Tullius parecem ser um livro de cabeceira dos nossos políticos contemporâneos, assim como foi daqueles que já se foram e provavelmente como será daqueles que virão, ou de pelo menos da maioria deles.




Podendo ser encontrada no livro "Como ganhar uma eleição", segue abaixo uma pequena mas expressiva, pragmática e atemporal lista de conselhos práticos para administrar uma campanha e vencer uma eleição. Recomendado para "políticos profissionais" e para aqueles que observam e acompanham a vida política de nossa sociedade, que na verdade deveria ser para todos os cidadãos.

Assegure-se de que você conta com o apoio de sua família e dos amigos.
A lealdade começa em casa. Se sua esposa e filhos não estão ao seu lado, não somente você terá muita dificuldade de vencer mas isso parecerá ruim aos eleitores. Os rumores mais destrutivos sobre um candidato começam entre os mais próximos dele.

Fique rodeado de pessoas certas.
Crie uma assessoria talentosa na qual possa confiar. Você não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Assim, escolha aqueles que possam representá-lo como se eles estivessem tentando ser eleitos por eles mesmos.

Cobre todos os favores.
É hora de gentilmente (ou não) lembrar a todos os que você ajudou que lhe devem um favor. Se alguém não lhe dever nada, lembre-lhe de que seu apoio agora vai colocar você em dívida para com ele no futuro. E, como candidato eleito, você estará bem colocado para ajudá-lo quando ele precisar.

Construa uma grande base de apoio.
Apele primariamente aos tradicionais agentes do poder, tanto no senado como na comunidade empresarial rica – uma tarefa nada fácil, dado que tais grupos geralmente estão em briga entre si. Se você for alguém de fora no jogo político, avance mais e prevaleça sobre os interesses particulares dos vários grupos, das organizações locais e das populações rurais ignoradas pelos outros candidatos. Eleitores jovens devem ser igualmente cortejados, junto com qualquer um que possa ser utilizado.
Mesmo pessoas não muito recomendáveis devem se tornar amigas mais próximas durante a campanha, desde que possam ajudá-lo a ser eleito. Restringir a base de apoio garante o fracasso.

Prometa tudo para todos.
Exceto nos casos mais extremos, o candidato deve dizer tudo aquilo que as massas queiram ouvir naquele dia. Diga aos tradicionalistas que você tem consistentemente apoiado seus valores. Diga aos progressistas que você sempre esteve ao seu lado. Depois da eleição, você pode explicar a cada um que você adoraria ajudá-lo, mas que infelizmente surgiram fatores fora do seu controle. Os eleitores ficarão muito mais zangados se você não fizer as promessas que eles querem ouvir, do que se depois você recuar e não cumpri-las.

A habilidade na comunicação é a chave do sucesso.
Na Roma antiga, a arte de falar em público era estudada cuidadosamente por todos aqueles que aspirassem uma carreira política. Na mídia de hoje, um comunicador ruim tem poucas chances de vencer uma eleição.

Não se afaste do eleitor.
Fique pressionando os eleitores o tempo todo, sem descanso. Não existem ausências para candidatos decididos. Deixe para tirar férias depois da vitória.

Conheça as fraquezas dos seus opositores – e as explore.
Todos os candidatos devem fazer um inventário honesto das vulnerabilidades e forças de seus rivais. Os vitoriosos distraem os eleitores sobre qualquer aspecto positivo de seus oponentes, enfatizando os negativos. Rumores de corrupção são o alimento básico. Escândalos sexuais são ainda melhores.

Bajule os eleitores desavergonhadamente.
Agite os eleitores. Olhe-os de frente, dê um tapinha nas costas e diga-lhes que são importantes. Faça com que acreditem que você está verdadeiramente preocupado com eles.

Dê esperanças aos eleitores.
Mesmo os eleitores mais cínicos precisam acreditar em alguém. Dê ao povo uma sensação de que você pode tornar o mundo melhor e que ele se tornará seu mais devotado seguidor – pelo menos até terminar a eleição, quando então você inevitavelmente o deixará para trás. Mas então isso não mais importará, porque você já terá vencido.

Fonte: História Pensante.

Resumão Egito Antigo


Confira um Resumão sobre Egito Antigo para tudo o que você quer saber (a nível didático) sobre essa maravilhosa civilização:

Localização Geográfica
- Norte da África;
- Margens do Rio Nilo.

O Rio Nilo
- Nasce na África Central;
- Percorre cerca de 6,7 Km;
- Deságua no Mar Mediterrâneo;
- Apesar de atravessar o Deserto do Saara ele nunca seca;
- Chuvas do verão e degelo da montanhas, causam as cheias do rio;
- As cheias causavam as inundações que fertilizam com húmus as margens;
- A fertilidade do Nilo ajudou na agricultura e pecuária;
- As margens do rio se forma as cidades do Egito.


A formação do Egito
- Ocorreu cerca de 5000 a.C as margens do Nilo
- A região era divida em 2 partes:
a) Alto Egito:
– ao sul no vale o Nilo;
– região menos fértil;
b) Baixo Egito:
– ao norte no delta do Nilo;
– região mais fértil;
- Disputas entre o Alto e Baixo Egito, buscavam o controle da região norte, o delta do Nilo. Em 3200 a.C a vitória do Alto Egito, unifica as duas regiões.
- o Egito unificado é governado por um só 'rei', denominado Faraó.


Organização Social
- Pouca mobilidade social, dificuldade de mudar de 'classe social';
- A profissão determina a posição social;
- Filhos seguem as profissões dos pais;


Faraó – Considerado um deus, vivia em palácios;
Sacerdotes – Administravam os templos, as cerimonias e festas religiosas;
Nobres – Funcionários do Governos e militares;
– o mais importante era o Vizir;
– Cuidavam da administração publica do reino;
Escribas – Responsáveis em fazer leis, fiscalizar as contas do reino, cobrar impostos, e auxiliar o rei;
Camponeses – Cuidavam da agricultura e pecuária;
Escravos – Pouco numerosos. (Prisioneiros de guerra e estrangeiros 'capturados').


Religião
- Eram politeístas (Acreditavam em mais de uma divindade);
- Antropozoomorfica (deuses representados com mistura de forma humana com animais);
- os deuses eram considerados imortais;
- podiam prejudicar ou ajudar os seres humanos;
- Cada cidade possuía um templo considerado morada de um deus;
- os egípcios faziam oferendas em torno dos templos;
- somente o faraó e os sacerdotes podiam entrar no templo;
- o principal deus era Amon (ou Rá), o rei dos deuses;
- A religião tinha grande importância para os egípcios;
- Acreditavam que o corpo e a alma podiam reencontrar-se após a morte para uma outra vida.


A Mumificação
- a alma poderia encontrar o corpo para uma segunda vida, para isso o corpo deveria ser conservado;
- o coração era o único órgão que não era retirado do corpo 'mumificado';
- Qualquer dano no corpo ou no coração do morto era considerado uma maldição;


Escrita
- A primeira forma surge 3000 a.C, os Hieróglifos;
- Feita a partir de desenhos com significados complexos (Idiogramas: sinais que representam sons e ideias);
- Usados principalmente em textos religiosos;
- Aprender os hieróglifos exigia anos de estudo, apenas escribas e sacerdotes sabiam interpretá-los
- Com o tempo simplificam a forma de escrita surgindo a 'escrita hierática';
- por volta de 700 a.C surge a 'escrita demótica';
- a escrita demótica era muito mais simples, a ponto de ser considerada uma escrita popular.


Papiro
- uma espécie primitiva de papel;
- feito do caule do papiro;

Arte
- Voltada a religião e à vida após a morte;
- Destaque para as pinturas e esculturas;


Arquitetura
- destaque para os templos dedicados aos deuses;
- os túmulos dos faraós (piramides e mastabas);
- Existem cerca de 80 pirâmides no Egito;
- As três maiores são as dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos;