sábado, 4 de julho de 2015

Dica de Livro: Dado Villa-Lobos: memórias de um legionário



Renato Russo, vocalista da Legião Urbana, a banda de rock mais popular do país, faleceu no dia onze de outubro de 1996, 2h15 da madrugada, no Rio de Janeiro. Ele ti-nha apenas 36 anos. Em uma das várias entrevistas que Dado Villa-Lobos, guitarrista da Legião, deu para emissoras de televisão na ocasião, disse que a banda tinha acaba-do e o que restava, a partir dali, era contar algumas boas histórias sobre a Legião Urbana. Quase vinte anos depois da morte de Renato Russo e do fim da Legião, Dado conta a maior dessas histórias. Acaba de chegar às livrarias do país “Memórias de um Legionário”, publicado pela editora Mauad X e escrito pelo próprio Dado em parceria com os historiadores Felipe Demier e Romulo Mattos. O livro não é exatamente uma biografia de Dado, mas um olhar sobre a trajetória da Legião. Um olhar de alguém que construiu a banda, desde a formação, em Brasília, até os dias de shows lotados no Circo Voador e em estádios de futebol abarrotados de pessoas esperando impaciente-mente para ouvir sucessos como “Será” e “Eduardo e Mônica”. Desde o fim da Legião Urbana até hoje, nenhuma outra banda brasileira de rock possui força suficiente para lotar um estádio de futebol. A Legião foi um fenômeno que desconhece concorrências na música popular brasileira. Percorrer esse “Memórias de um Legionário” é percorrer memórias de outros músicos do cenário nacional, de bandas que crescemos ouvindo, de amizades, ídolos, fãs e até mesmo a história do Brasil. Uma das histórias contadas por Dado é a da saída de Renato Rocha da banda, o querido “Negrete”. Essa é uma história importante não só devido às circunstâncias tristes da recente morte de Negre-te (após uma longa luta contra as drogas), mas porque sempre esteve cercada de boa-tos. Dado explica, por exemplo, que Negrete não saiu da banda porque tocava mal, mas sim devido as suas constantes ausências em gravações e ensaios da banda, além de sua personalidade já na época complicada, sobretudo em escutar os colegas de banda.

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