segunda-feira, 27 de abril de 2015

Crítica Whiplash: sangue, suor e baquetas



No longínquo ano de 2006, assisti uma palestra do professor e filosofo Mario Sergio Cortella, onde ele recita a bíblia em uma estrofe (e quem já foi, sabe o que estou falando) "Deus vomitará os mornos" neste mundo de "mornos" e não "quentes" Whiplash fez essa frase ecoar na minha cabeça através do filme vemos que para alcançar a grandeza vale qualquer esforço.

Mas os método para alcançar esse esforço são feitos através de humilhações, xingamentos e esforço sobre-humano, a história acompanha um baterista (Milles Teller que ótimo novo ator não?) que traz toda a arrogância de um jovem ambicioso e insensatez, que ao entrar na melhor escola de música do seu país, consegue entrar na banda do professor excêntrico Fletcher (J.K. Simmons ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante, preciso falar mais?) que com seus métodos perturbadores tenta tirar o melhor dos seus alunos e (lógico) não perder seu próprio status quo.

"A pior coisa que aconteceu para o mundo foi essa de ter que elogiar um bom trabalho. Não é a toa que o jazz está morrendo"

Para esse professor o fato do elogio empobrece o ser, ou seja, o politicamente correto levaria um tapa na cara dele. E essa interação entre professor e aluno que vemos ao longo do filme foi bem escrito e dirigido por Damien Chazelle, jovem diretor de apenas 30 anos (dirigiu antes desse Um Toque de Mestre e O Ultimo Exorcismo Parte 2) ou seja, veremos muitos filmes dele em breve, as tomadas intensas da bateria dão o tom da música tocada e isso para mim é uma referência que o diretor é com certeza músico.

Não podia de deixar de citar a trilha sonora maravilhosa que esse filme é marcada, traz os tons do filme na hora certada com músicas de monstros do jazz como Hank Levy (que traz a música Whiplash do mesmo nome do filme), Stan Getz, Buddy Rich (que o protagonista é fã), entre outros.


Nota 5 de 5 

Para quem gosta de: Filmes sobre música e músicos.


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